segunda-feira, 25 de julho de 2011

“Os resultados mostrarão que a gente tem capacidade

Entrevista: João da Costa (PT) - Prefeito do Recife
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“Os resultados mostrarão que a gente tem capacidade”





PETISTA diz que ações vão pavimentar sua reeleição
Na véspera do lançamento da pedra fundamental da Via Mangue, o prefeito João da Costa (PT) já deixava transparecer o alívio que sentia com o início efetivo das obras dessa sua promessa de campanha. A intervenção viu suas primeiras estacas batidas, deixando o petista confiante no reconhecimento de sua gestão. “A realidade ela se impõe! Os fatos eles se impõem!”, asseverou. Nesta entrevista exclusiva, concedida, sexta-feira passada, no canteiro de obras da benfeitoria, Costa lembrou as dificuldades enfrentadas, queixou-se de “apanhar” muito e destacou o que vem sendo realizado no município. O gestor disse ainda que o conjunto de ações do seu governo mostrará que ele tem competência para gerir o Recife. “Os resultados vão mostrar que a gente tinha essa capacidade e tem de ser prefeito”, sacramentou.
A Via Mangue está sendo iniciada com a construção de uma alça aqui no viaduto Capitão Temudo. Muita gente desconhecia esse trecho da obra?
Esse trecho aqui do projeto faz parte de um sistema viário que se interliga. Nós temos o principal corredor Norte/Sul, que é uma continuidade da PE-15, que vem de Paulista e vai até a Zona Sul da cidade do Recife. A gente procura integrar esses dois sistemas. O sistema da Via Mangue com o da avenida Agamenon Magalhães e Capitão Temudo. Essas duas alças aqui vão integrar a Avenida Sul, a Rua Imperial, Capitão Temudo e a Via Mangue. Isso vai permitir que a gente melhore a fluidez do trânsito. O Cabanga será o encontro dos dois principais sistemas viários da cidade, ligando a Região Metropolitana Norte com a Região Metropolitana Sul. Esse encontro aqui é muito importante. Essas duas alças aqui são o início da Via Mangue, quando você vem do Centro do Recife. A outra ponta, que é na avenida Antônio Falcão, do Rio Jordão, do canal de Setúbal, ficará integrada à outra parte da cidade. Então, somarão dois sistemas porque poderá se sair aqui do Centro para ir até a Zona Sul, porque a gente vai interligar isso com a Estrada da Batalha. Um sistema de mobilidade importante para a Região Metropolitana.
Com a Via Mangue, o senhor entende que tem uma oportunidade de cravar a marca da sua administração? Ela pode ser o grande legado de João da Costa, uma vez que o senhor sempre ressalta que o Recife não tem uma intervenção desse porte há 40 anos?
Nosso legado é mais alto do que isso. A gente trabalha com o conceito de governo de participação do povo, de mobilização popular, de discutir com a sociedade as principais prioridades. A Via Mangue é uma das grandes prioridades, porque você prepara a cidade para o futuro. A gente está trabalhando em diversos projetos de infraestrutura que são importantes para a cidade, estruturando um conjunto de parques. Iniciamos o Capibaribe Melhor; projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que são obras de saneamento importantes na Zona Norte e na região da Caxangá. E a Via Mangue, pela sua importância social para a mobilidade urbana de toda região Sul do Recife, é uma obra marcante que não deixa de marcar a nossa gestão, a minha gestão. Mas ela se insere dentro de uma marca maior: um governo que cuida da cidade, que cuida das pessoas; cuidando do presente mas preparando o futuro. Do ponto de vista de infraestrutura, não resta a menor dúvida que essa é a maior obra. A maior viária dos últimos 40 anos do Recife e uma das maiores do Brasil, hoje, em execução. Então, é uma grande obra que vai mudar todo o acesso à Zona Sul. Vai permitir o acesso da população ao Parque dos Manguezais. Vai protegê-lo. É uma obra que tem um cunho social importante, porque vai tirar mais de mil famílias das palafitas, em Boa Viagem. É uma obra que vai fazer três unidades de esgotamento sanitário aqui nessa região. Eu diria que é uma obra de urbanização e estrutural muito importante para a cidade do Recife. Me dá muito orgulho de ter viabilizado o seu financiamento, de estar iniciando essa obra. É uma obra de parceria do Governo Federal, do Governo do Estado... Mas tem uma marca nossa que é a determinação de correr atrás, de tirar do papel, de arrumar o dinheiro.
Devido aos muitos entraves, a obra teve seu início retardado por diversas vezes. Foram problemas com os Tribunais de Contas do Estado e da União, com o Ministério Público, com a liberação da licença ambiental. Hoje, o prefeito se sente aliviado com o início efetivo das obras?
Muito, muito contente, né? Na verdade, esse é um projeto da cidade pensado há mais de 30 anos, que estamos tirando do papel. É uma obra complexa, mas tivemos a aprovação de todas as análises que foram feitas da Via Mangue. Tivemos uma licitação que o preço final ficou abaixo do estipulado pelo Tribunal de Contas. Aprovamos isso na CPRH, discutimos isso no Ministério Público Ambiental, fizemos a maior audiência pública, daqui de Pernambuco, com mais de 3 mil pessoas no Geraldão debatendo a Via Mangue. Então, é uma obra que passou pelo crivo social, pelo crivo ambiental, pelo crivo dos órgãos de controle. Viabilizamos o financiamento que permite que a gente realize a obra. E temos a nossa satisfação de ter uma grande empresa, que tem origem aqui em Pernambuco, realizando essa obra. É uma obra que nos enche hoje de muita alegria de poder ser o prefeito que tirou isso do papel. Estamos começando, e eu espero estar na Prefeitura para concluir essa obra.
E qual o prazo para a Via Mangue ficar pronta?
O prazo é setembro de 2013. São 30 meses. É o cronograma. Essa é uma das seis obras, de 50 que foram aprovadas no PAC da Copa, que estão em execução no Brasil. Isso mostra a eficiência, a mobilização do nosso governo. De 50 aprovadas no PAC da Copa, só tem seis em execução e uma delas é a Via Mangue. Isso mostra a capacidade que nos tivemos de, em um ano e meio, aprovar no PAC da Copa, fazer a licitação e hoje poder estar iniciando de fato a obra do sistema viário da Via Mangue.
Essa é a segunda etapa da Via Mangue. Ela será inaugurada também em etapas ou só após sua conclusão?
Na medida que a gente for concluindo etapas que possam já interagir com o sistema viário, vamos fazer isso. A nossa ideia é já em setembro do próximo ano,concluir essa primeira etapa que é a ligação da Agamenon Magalhães com o Pina, Jardim Beira-Rio. É possível fazer. Estamos trabalhando com esse cronograma. Estamos trabalhando, ao mesmo tempo, com outra etapa que é ligar a avenida que fica em torno do canal de Setúbal indo até a Domingos Ferreira. Então, isso é possível da gente ir entregando à população por etapas. E concluir a Via Mangue, todo o seu sistema viário em setembro de 2013.
Quando houver a inauguração da próxima etapa, o senhor sabe que será questionado pela oposição - que já acusou as gestões petistas de realizar mais de uma inauguração de uma mesma obra. Como responderá a esse tipo de crítica?
Não posso pensar nisso agora. Tenho que pensar em fazer. Não posso pensar que as pessoas vão reclamar porque a gente está fazendo. Diziam que a gente não iria fazer a Via Mangue, que eu era Pinóquio, que eu estava no guia eleitoral (de 2008) prometendo uma coisa que tinha sido prometida antes, que não sairia do papel, que era grandiosa, que isso não iria acontecer. E, agora, a população não pode ter mais dúvida. Agora é a obra real, acontecendo. Fruto do nosso trabalho, do trabalho de toda a equipe. Isso não é resposta à sociedade, é compromisso que assumimos se tornando realidade.
O senhor assumiu a Prefeitura, em 2008, ostentando uma marca de gerente, de quem realiza. Essa sua característica foi questionada pela oposição por diversas vezes. Com a Via Mangue, o senhor dá a resposta de que esse “gerente está aqui”?
Não dou resposta para ninguém. Eu afirmo o meu trabalho. Então, quem vai julgar é a sociedade. Eu não respondo a ninguém. Trabalho e muito.
João da Costa se sente maior politicamente do que em 2009 com a Via Mangue começando hoje?
A realização de obras mostra o compromisso e a capacidade que tinha como prefeito do Recife, de realizar os projetos para a cidade. Está aí o Capibaribe Melhor, a Via Mangue, está um plano de trânsito já apresentado, estamos discutindo uma parceria com o Governo do Estado para um grande plano de mobilidade para o Recife e Região Metropolitana. Estamos construindo seis parques na cidade para mudar o perfil ambiental do Recife. Articulamos muito com o governo do ex-presidente Lula (PT), e, agora, com o da presidenta Dilma Rousseff, e captamos cerca de R$ 1 bilhão em projetos para a cidade, sem em nenhum momento perder a capacidade de diálogo com a população. A cada ano, estamos fazendo o processo de Orçamento Participativo com mais gente participando e acreditando. Então, a realidade ela se impõe! Os fatos eles se impõem! Por onde você andar vai ver a Via Mangue, os parques, reordenamento do Centro, recuperação de praças; vai ver 20 Academias da Cidade, 14 conjuntos habitacionais entregues e outros 16 em construção; dezenas e dezenas de ruas sendo pavimentadas. Mudando o presente e preparando a cidade para o futuro. Hoje, o diálogo permanente com a Câmara, governabilidade estabelecida, sem perder em momento nenhum o nosso foco, que é de trabalhar pela cidade, de enfrentar as dificuldades com firmeza e com coragem. Mas buscando a parceria com os aliados e com a população. Procurando mostrar com trabalho os compromissos assumidos com a população. E o resultado disso tudo, evidentemente, nos permite credenciar politicamente como prefeito, mostrando que a gente tinha a capacidade de ser prefeito da cidade do Recife. Os resultados vão mostrar que a gente tinha essa capacidade e tem de ser prefeito.
Alguns aliados seus reclamam que João da Costa é o prefeito que mais apanhou na história do Recife. O senhor se sente dessa forma? Se sente injustiçado?
Não. Não me sinto injustiçado. Acho que estou apanhando muito pela forma como eu governo, pelos compromissos políticos que eu tenho, pela firmeza dos meus princípios, de não abrir mão deles. Dialogando, mas muito firme nas posições. As pessoas sabem da minha capacidade, da minha capacidade de trabalho, da minha capacidade de gerenciar. Às vezes, ela não é expressa porque tem muito conflito político. A gente também tem a capacidade de ir enfrentando esses conflitos. Então, evidentemente, que a gente sofreu e ainda sofre ataques sistemáticos, mas a gente busca a parceria do povo para superar isso.
Há pouco tempo,o seu secretário de Turismo, André Campos (PT), disse que João da Costa é o candidato do PT para ganhar ou para perder. É para ganhar ou para perder mesmo?
Isso a gente só vai discutir em 2012. Eu tenho que honrar os compromissos com a população da cidade do Recife, trabalhando muito. E é isso que eu estou fazendo, hoje, aqui. No sábado, lançamos a pedra fundamental da Via Mangue (o ato ocorreu no último sábado). Estamos hoje concretizando o sonho do recifense que era uma alternativa viária para a Zona Sul do Recife, que hoje está estrangulada. Esse compromisso que eu assumi durante a campanha eleitoral estou honrando. Dois mil e onze é ano de trabalho, de muito trabalho. Estamos fazendo isso! E candidatura, eleição, serão discutidas no momento certo, no próximo ano, lá para maio e junho, que é quando tem as convenções partidárias. Será o momento onde a gente terá a definição, e estamos muito confiantes no trabalho que estamos fazendo.
Falando em candidatura, na eleição passada o senhor fez uma série de promessas. Vai dar para cumprir todas até o final do seu mandato, em dezembro de 2012?
Nós estamos trabalhando para isso. Fazendo coisas até que não foram compromissos assumidos, mas foram oportunidades que foram aparecendo. As principais promessas nós estamos cumprindo. Tudo aquilo que foi assumido, praticamente, hoje tudo já está em andamento, idealizando e concretizando. Ampliamos o Programa de Saúde da Família (PSF). Hoje, ele cobre cerca de 80% da população mais pobre da cidade. Estamos concluindo a licitação de 11 CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil). Já tem três sendo construídos. Vamos chegar, até o final do próximo ano, com 20 sendo concluídos e 20 em licitação. Foram 40 que assumimos o compromisso. Na área de habitação, vamos entregar 30 conjuntos habitacionais, que fazem parte de cinco mil habitações. Iniciamos o projeto de revitalização do Centro do Recife. Estamos trabalhando no Recife Antigo para revitalização daquela área. Estamos fazendo parcerias com o Governo do Estado, com o Governo Federal. Priorizamos uma série de intervenções nas áreas mais pobres do Recife. No final, quando a gente for ver o conjunto da obra - em andamento e concluídas - temos certeza de que o julgamento será favorável.

Na véspera do lançamento da pedra fundamental da Via Mangue, o prefeito João da Costa (PT) já deixava transparecer o alívio que sentia com o início efetivo das obras dessa sua promessa de campanha. A intervenção viu suas primeiras estacas batidas, deixando o petista confiante no reconhecimento de sua gestão. “A realidade ela se impõe! Os fatos eles se impõem!”, asseverou. Nesta entrevista exclusiva, concedida, sexta-feira passada, no canteiro de obras da benfeitoria, Costa lembrou as dificuldades enfrentadas, queixou-se de “apanhar” muito e destacou o que vem sendo realizado no município. O gestor disse ainda que o conjunto de ações do seu governo mostrará que ele tem competência para gerir o Recife. “Os resultados vão mostrar que a gente tinha essa capacidade e tem de ser prefeito”, sacramentou.
A Via Mangue está sendo iniciada com a construção de uma alça aqui no viaduto Capitão Temudo. Muita gente desconhecia esse trecho da obra?
Esse trecho aqui do projeto faz parte de um sistema viário que se interliga. Nós temos o principal corredor Norte/Sul, que é uma continuidade da PE-15, que vem de Paulista e vai até a Zona Sul da cidade do Recife. A gente procura integrar esses dois sistemas. O sistema da Via Mangue com o da avenida Agamenon Magalhães e Capitão Temudo. Essas duas alças aqui vão integrar a Avenida Sul, a Rua Imperial, Capitão Temudo e a Via Mangue. Isso vai permitir que a gente melhore a fluidez do trânsito. O Cabanga será o encontro dos dois principais sistemas viários da cidade, ligando a Região Metropolitana Norte com a Região Metropolitana Sul. Esse encontro aqui é muito importante. Essas duas alças aqui são o início da Via Mangue, quando você vem do Centro do Recife. A outra ponta, que é na avenida Antônio Falcão, do Rio Jordão, do canal de Setúbal, ficará integrada à outra parte da cidade. Então, somarão dois sistemas porque poderá se sair aqui do Centro para ir até a Zona Sul, porque a gente vai interligar isso com a Estrada da Batalha. Um sistema de mobilidade importante para a Região Metropolitana.
Com a Via Mangue, o senhor entende que tem uma oportunidade de cravar a marca da sua administração? Ela pode ser o grande legado de João da Costa, uma vez que o senhor sempre ressalta que o Recife não tem uma intervenção desse porte há 40 anos?
Nosso legado é mais alto do que isso. A gente trabalha com o conceito de governo de participação do povo, de mobilização popular, de discutir com a sociedade as principais prioridades. A Via Mangue é uma das grandes prioridades, porque você prepara a cidade para o futuro. A gente está trabalhando em diversos projetos de infraestrutura que são importantes para a cidade, estruturando um conjunto de parques. Iniciamos o Capibaribe Melhor; projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que são obras de saneamento importantes na Zona Norte e na região da Caxangá. E a Via Mangue, pela sua importância social para a mobilidade urbana de toda região Sul do Recife, é uma obra marcante que não deixa de marcar a nossa gestão, a minha gestão. Mas ela se insere dentro de uma marca maior: um governo que cuida da cidade, que cuida das pessoas; cuidando do presente mas preparando o futuro. Do ponto de vista de infraestrutura, não resta a menor dúvida que essa é a maior obra. A maior viária dos últimos 40 anos do Recife e uma das maiores do Brasil, hoje, em execução. Então, é uma grande obra que vai mudar todo o acesso à Zona Sul. Vai permitir o acesso da população ao Parque dos Manguezais. Vai protegê-lo. É uma obra que tem um cunho social importante, porque vai tirar mais de mil famílias das palafitas, em Boa Viagem. É uma obra que vai fazer três unidades de esgotamento sanitário aqui nessa região. Eu diria que é uma obra de urbanização e estrutural muito importante para a cidade do Recife. Me dá muito orgulho de ter viabilizado o seu financiamento, de estar iniciando essa obra. É uma obra de parceria do Governo Federal, do Governo do Estado... Mas tem uma marca nossa que é a determinação de correr atrás, de tirar do papel, de arrumar o dinheiro.
Devido aos muitos entraves, a obra teve seu início retardado por diversas vezes. Foram problemas com os Tribunais de Contas do Estado e da União, com o Ministério Público, com a liberação da licença ambiental. Hoje, o prefeito se sente aliviado com o início efetivo das obras?
Muito, muito contente, né? Na verdade, esse é um projeto da cidade pensado há mais de 30 anos, que estamos tirando do papel. É uma obra complexa, mas tivemos a aprovação de todas as análises que foram feitas da Via Mangue. Tivemos uma licitação que o preço final ficou abaixo do estipulado pelo Tribunal de Contas. Aprovamos isso na CPRH, discutimos isso no Ministério Público Ambiental, fizemos a maior audiência pública, daqui de Pernambuco, com mais de 3 mil pessoas no Geraldão debatendo a Via Mangue. Então, é uma obra que passou pelo crivo social, pelo crivo ambiental, pelo crivo dos órgãos de controle. Viabilizamos o financiamento que permite que a gente realize a obra. E temos a nossa satisfação de ter uma grande empresa, que tem origem aqui em Pernambuco, realizando essa obra. É uma obra que nos enche hoje de muita alegria de poder ser o prefeito que tirou isso do papel. Estamos começando, e eu espero estar na Prefeitura para concluir essa obra.
E qual o prazo para a Via Mangue ficar pronta?
O prazo é setembro de 2013. São 30 meses. É o cronograma. Essa é uma das seis obras, de 50 que foram aprovadas no PAC da Copa, que estão em execução no Brasil. Isso mostra a eficiência, a mobilização do nosso governo. De 50 aprovadas no PAC da Copa, só tem seis em execução e uma delas é a Via Mangue. Isso mostra a capacidade que nos tivemos de, em um ano e meio, aprovar no PAC da Copa, fazer a licitação e hoje poder estar iniciando de fato a obra do sistema viário da Via Mangue.
Essa é a segunda etapa da Via Mangue. Ela será inaugurada também em etapas ou só após sua conclusão?
Na medida que a gente for concluindo etapas que possam já interagir com o sistema viário, vamos fazer isso. A nossa ideia é já em setembro do próximo ano,concluir essa primeira etapa que é a ligação da Agamenon Magalhães com o Pina, Jardim Beira-Rio. É possível fazer. Estamos trabalhando com esse cronograma. Estamos trabalhando, ao mesmo tempo, com outra etapa que é ligar a avenida que fica em torno do canal de Setúbal indo até a Domingos Ferreira. Então, isso é possível da gente ir entregando à população por etapas. E concluir a Via Mangue, todo o seu sistema viário em setembro de 2013.
Quando houver a inauguração da próxima etapa, o senhor sabe que será questionado pela oposição - que já acusou as gestões petistas de realizar mais de uma inauguração de uma mesma obra. Como responderá a esse tipo de crítica?
Não posso pensar nisso agora. Tenho que pensar em fazer. Não posso pensar que as pessoas vão reclamar porque a gente está fazendo. Diziam que a gente não iria fazer a Via Mangue, que eu era Pinóquio, que eu estava no guia eleitoral (de 2008) prometendo uma coisa que tinha sido prometida antes, que não sairia do papel, que era grandiosa, que isso não iria acontecer. E, agora, a população não pode ter mais dúvida. Agora é a obra real, acontecendo. Fruto do nosso trabalho, do trabalho de toda a equipe. Isso não é resposta à sociedade, é compromisso que assumimos se tornando realidade.
O senhor assumiu a Prefeitura, em 2008, ostentando uma marca de gerente, de quem realiza. Essa sua característica foi questionada pela oposição por diversas vezes. Com a Via Mangue, o senhor dá a resposta de que esse “gerente está aqui”?
Não dou resposta para ninguém. Eu afirmo o meu trabalho. Então, quem vai julgar é a sociedade. Eu não respondo a ninguém. Trabalho e muito.
João da Costa se sente maior politicamente do que em 2009 com a Via Mangue começando hoje?
A realização de obras mostra o compromisso e a capacidade que tinha como prefeito do Recife, de realizar os projetos para a cidade. Está aí o Capibaribe Melhor, a Via Mangue, está um plano de trânsito já apresentado, estamos discutindo uma parceria com o Governo do Estado para um grande plano de mobilidade para o Recife e Região Metropolitana. Estamos construindo seis parques na cidade para mudar o perfil ambiental do Recife. Articulamos muito com o governo do ex-presidente Lula (PT), e, agora, com o da presidenta Dilma Rousseff, e captamos cerca de R$ 1 bilhão em projetos para a cidade, sem em nenhum momento perder a capacidade de diálogo com a população. A cada ano, estamos fazendo o processo de Orçamento Participativo com mais gente participando e acreditando. Então, a realidade ela se impõe! Os fatos eles se impõem! Por onde você andar vai ver a Via Mangue, os parques, reordenamento do Centro, recuperação de praças; vai ver 20 Academias da Cidade, 14 conjuntos habitacionais entregues e outros 16 em construção; dezenas e dezenas de ruas sendo pavimentadas. Mudando o presente e preparando a cidade para o futuro. Hoje, o diálogo permanente com a Câmara, governabilidade estabelecida, sem perder em momento nenhum o nosso foco, que é de trabalhar pela cidade, de enfrentar as dificuldades com firmeza e com coragem. Mas buscando a parceria com os aliados e com a população. Procurando mostrar com trabalho os compromissos assumidos com a população. E o resultado disso tudo, evidentemente, nos permite credenciar politicamente como prefeito, mostrando que a gente tinha a capacidade de ser prefeito da cidade do Recife. Os resultados vão mostrar que a gente tinha essa capacidade e tem de ser prefeito.
Alguns aliados seus reclamam que João da Costa é o prefeito que mais apanhou na história do Recife. O senhor se sente dessa forma? Se sente injustiçado?
Não. Não me sinto injustiçado. Acho que estou apanhando muito pela forma como eu governo, pelos compromissos políticos que eu tenho, pela firmeza dos meus princípios, de não abrir mão deles. Dialogando, mas muito firme nas posições. As pessoas sabem da minha capacidade, da minha capacidade de trabalho, da minha capacidade de gerenciar. Às vezes, ela não é expressa porque tem muito conflito político. A gente também tem a capacidade de ir enfrentando esses conflitos. Então, evidentemente, que a gente sofreu e ainda sofre ataques sistemáticos, mas a gente busca a parceria do povo para superar isso.
Há pouco tempo,o seu secretário de Turismo, André Campos (PT), disse que João da Costa é o candidato do PT para ganhar ou para perder. É para ganhar ou para perder mesmo?
Isso a gente só vai discutir em 2012. Eu tenho que honrar os compromissos com a população da cidade do Recife, trabalhando muito. E é isso que eu estou fazendo, hoje, aqui. No sábado, lançamos a pedra fundamental da Via Mangue (o ato ocorreu no último sábado). Estamos hoje concretizando o sonho do recifense que era uma alternativa viária para a Zona Sul do Recife, que hoje está estrangulada. Esse compromisso que eu assumi durante a campanha eleitoral estou honrando. Dois mil e onze é ano de trabalho, de muito trabalho. Estamos fazendo isso! E candidatura, eleição, serão discutidas no momento certo, no próximo ano, lá para maio e junho, que é quando tem as convenções partidárias. Será o momento onde a gente terá a definição, e estamos muito confiantes no trabalho que estamos fazendo.
Falando em candidatura, na eleição passada o senhor fez uma série de promessas. Vai dar para
cumprir todas até o final do seu mandato, em dezembro de 2012?
Nós estamos trabalhando para isso. Fazendo coisas até que não foram compromissos assumidos, mas foram oportunidades que foram aparecendo. As principais promessas nós estamos cumprindo. Tudo aquilo que foi assumido, praticamente, hoje tudo já está em andamento, idealizando e concretizando. Ampliamos o Programa de Saúde da Família (PSF). Hoje, ele cobre cerca de 80% da população mais pobre da cidade. Estamos concluindo a licitação de 11 CMEIs (Centro Municipal de Educação Infantil). Já tem três sendo construídos. Vamos chegar, até o final do próximo ano, com 20 sendo concluídos e 20 em licitação. Foram 40 que assumimos o compromisso. Na área de habitação, vamos entregar 30 conjuntos habitacionais, que fazem parte de cinco mil habitações. Iniciamos o projeto de revitalização do Centro do Recife. Estamos trabalhando no Recife Antigo para revitalização daquela área. Estamos fazendo parcerias com o Governo do Estado, com o Governo Federal. Priorizamos uma série de intervenções nas áreas mais pobres do Recife. No final, quando a gente for ver o conjunto da obra - em andamento e concluídas - temos certeza de que o julgamento será favorável.

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